Enquanto disputa a final contra o PSG Flamengo trabalha nos bastidores contra as SAFs
Por: Lauro Jardim e Rodrigo Castro
Fonte: O Globo / Lauro Jardim
A votação da proposta na Câmara que pode aumentar a tributação das SAFs de
5% para 8,5% é resultado de uma articulação de clubes que permanecem como
associação — em especial o Flamengo, cujo presidente, Luiz Eduardo Baptista,
o Bap, trabalhou junto a alguns deputados para que essa alteração vire realidade.
O aumento foi incluído no parecer do deputado Mauro Benevides Filho (PDTCE),
relator da proposta que regulamenta o Comitê Gestor do IBS, novo
imposto criado pela reforma tributária.
O movimento partiu da bancada alinhada ao Flamengo, a pedido direto de Bap,
com o objetivo de reequilibrar — via tributação — a competição com as SAFs.
Na prática, trata-se de uma reação de associações tradicionais ao avanço do
modelo SAF.
A proposta é criticada por clubes do futebol brasileiro, que se manifestaram
contra a elevação da carga tributária, após o Senado definir a alíquota em 5%.
Entre eles, Cruzeiro, Atlético-MG, Fortaleza, Coritiba, Cuiabá e América-MG,
além da própria Liga Forte União (LFU).
Em sintonia com os clubes, líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), apresentou
emendas e destaques para manter o percentual fixado no Senado.
O Flamengo, portanto, está nesta semana de olho na final contra o PSG e na
votação em Brasília.